terça-feira, 29 de novembro de 2016

A Horta de Novembro (2016)

Depois de um início de Outono anormalmente quente, finalmente veio alguma chuva para regar as hortas. E falando em hortas, a nossa já começa a estar encaminhada.

No final do Verão preparámos uma compostagem "express", com estrume de galinha, folhas secas, alguma erva cortada e borras de café. Passadas algumas semanas já estava pronta a usar e é este fertilizante natural que estamos a usar agora na horta. 
Como podem ver na foto abaixo, o composto já está com o aspecto de terra, só que com mais alguns nutrientes.



Começámos pela plantação do cebolo: novamente sem regos, tal como da última vez. Primeiro preparou-se a terra, usando o composto como fertilizante e no final da plantação, espalhou-se cinza. Plantámos o cebolo no local onde tinham estado as couves, para ser feita a rotação das culturas.


Como o cebolo é uma cultura que é bom precedente para a maioria das outras culturas, plantámos as couves onde esteve o cebolo. Fez-se o mesmo processo: composto, plantação das mudas sem regos e cinza.
Desta vez pusemos menos tipos de couves (apenas brócolos, penca, portuguesa, repolho) e mais espaçadas, para depois, à medida que formos cortando as primeiras, plantarmos outras mais tarde. Assim vamos tendo até ao final da Primavera, espero.


Na semana seguinte, foi a vez das beterrabas e do alho-francês. Plantámos mais quantidade, tanto de uns como de outros. Alho-francês foram 50 pés e beterrabas quase 70.


Usámos novamente o composto e fizemos a plantação também em locais diferentes de onde tinham estado da última vez.


Para preparar estes dois canteiros, tivemos que transplantar a salsa toda para o mesmo local, pois estava dividida entre os dois. Agora está toda num canto do canteiro das beterrabas. Quando fiz o transplante da salsa é que realmente tive consciência do tamanho que as raízes da salsa podem ter. Alguns pés tinham a raiz bem comprida, à volta de 20 centímetros!


Nesta parte do terreno, ao longo da Primavera e do Verão, foram nascendo uma couves-galegas, que não foram plantadas por nós. São "nascediças" de umas que os meus pais lá tiveram há uns 3/4 anos. Na altura, acabámos por deixar a maior parte delas e só arrancámos umas quantas. 

 
Agora tivemos que arrancar a maioria para podermos fazer estas novas plantações, mas abacelámos as mesmas noutro ponto do terreno, para as conservar intactas. Assim, vão conservar-se na mesma, intactas e de boa saúde, até à altura que as transplantarmos para o local definitivo.


E isto foi o que colocámos na horta, em Novembro. 

Estão ainda na lista de vegetais a cultivar:
➝ favas;
➝ ervilhas;
➝ alhos.

Na horta do quintal, ao contrário das minhas expectativas (pensava que ele tinha desaparecido), o chuchu voltou a rebentar e até já tem lá uns quase do tamanho certo para colher.

E o limoeiro, depois de o "castigarmos" com um prego, finalmente já produz limões e não só folhas e flores. Mas sobre esta operação que fizemos, eu falo noutro dia.


Uma vez mais, depois destes trabalhos feitos, fiquei de coração cheio, de orgulho no trabalho e sentido de dever cumprido. Se eu poderia viver sem horta e sem cultivar vegetais para consumir? Claro que poderia. Mas não era definitivamente a mesma coisa. 

Uma boa continuação de semana!

Boa continuação de semana!

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A Obsessão das Abóboras

Este ano a minha madrinha teve umas quantas abóboras na horta dela, sendo a maioria delas das variedades mais pequenas. Teve principalmente abóboras manteiga, ou manteiguinhas, como ela lhe chama. E com tanta fartura, acabei por (re)descobrir a abóbora como alimento.

Até já tinha confessado por aqui, que andava um pouco "obcecada" por experimentar coisas diferentes com tão interessante vegetal, pois desde sempre me lembro de, por aqui, as abóboras só servirem para três coisas: sopa, doce ou belhoses de Natal.


As abóboras são nutricionalmente muito ricas:
- Contêm bastantes sais minerais essenciais, tais zinco, ferro, potássio, cálcio e magnésio;
- São ricas em fibras;
- Como se pode adivinhar pela sua cor laranja, têm um bom nível de betacaroteno, ou seja, antioxidantes naturais;
- Têm muitas vitaminas - A, Complexo B, C e E;
- E são pouco calóricas.
Tudo boas razões para se consumir este vegetal tão bonito.

Na sopa já a tinha usado: juntamente com um molho de salsa, alho, cebola e a última beterraba da horta, fiz um creme bem saboroso.



Mas depois de ver esta receita, cheguei à conclusão que haviam maneiras muito mais saborosas de consumir a abóbora.
A experiência seguinte foi abóbora grelhada: cortei fatias das abóbora com aproximadamente 5 milímetros, temperei com oregãos, coentros em pó e um pouco de azeite e levei a alourar numa frigideira anti-aderente. No final juntei umas gotas de molho de soja. Bastou uns minutos de cada lado até amolecer e ficou pronta. E eu fiquei fã :)


E um restinho que sobrou da primeira abóbora, cortei em cubinhos e salteei com cogumelos e cebola, para acompanhamento de uma massa. 
As sementes, separei, lavei, sequei e guardei: uma parte irei semeá-las no próximo ano e as restantes serão tostadas, para petiscar como aperitivo.

Entretanto já fui ao "supermercado" da madrinha buscar outra "manteiguinha" e estas são as receitas que estão na calha para as próximas experiências:


É nestas alturas, em que penso e tomo consciência, o quão afortunada eu sou. Por viver num local onde tenho hipótese de aceder a estas maravilhas, sem ter que enfrentar filas de supermercado. Por poder saborear produtos naturais, cheios de nutrientes e cheios de sabor. Por não ter que pagar por eles. Por ter locais onde posso cultivar o que quero, da maneira mais natural possível. Por ter tido essa capacidade de fazer as minhas escolhas para uma vida mais saudável, consciente e sustentável. 
E sou grata por tudo isso 💚

Bom fim de semana!

(aceitam-se sugestões de receitas de abóbora)