domingo, 26 de julho de 2015

Cultivar cebolas em vasos

As cebolas fazem parte da minha cozinha, numa base diária. Para além dos benefícios nutricionais, dão muito sabor aos pratos e por isso é raro o prato que cozinhe, que não use cebolas. Sopas, arroz, salteados de legumes ou carne, omeletes, refogados e assados, tudo isto fica com outro paladar, quando se junta um pouco de cebola.

Este post já andava na minha cabeça há umas semanas, quando numa das vezes que fui à horta dos meus pais, a minha mãe me mostrou esta "experiência":


São duas pequenas cebolas (que ela entretanto já apanhou e usou). Estas cebolas não vieram de semente, nem de cebolo. Foi o resto de uma cebola que ela usou na cozinha, com algumas raízes, que resolveu colocar num vaso, só para ver o que dava.

É muito simples de fazer: precisamos de um vaso com terra (ou substrato), a parte de baixo de uma cebola (como a da imagem abaixo) e água.
 
Colocar o pedaço da cebola com as raízes viradas para baixo na terra. Deixar uns dias sem enterrar completamente, só para ganhar um pouco mais de raiz. Passado uma semana, enterrar completamente na terra e cobrir (não é preciso cobrir com muito). Ir regando de vez em quando. E esperar que cresça.

Assim consegue-se ir tendo sempre cebolinhas e aproveitar um dos pedaços da cebola que de outra forma iria para o lixo.
Desde esta experiência, já mais cebolas nasceram naquela varanda e mais irão nascer.
É um exemplo de uma das coisas que se consegue ter numa Horta de Varanda (e não só), sem se ser um "profissional" da cultivo da terra. Mais fácil que isto não há!

Boa semana!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Que fazer com tanto feijão verde?

Os feijoeiros da nossa horta só agora é que estão a começar a dar algumas vagens. Apesar de estarem carregados de flor, como semeámos o feijão mais tarde, ainda vamos ter que esperar alguns dias para o provar.
Mas isso não significa que aqui por casa haja falta de feijão verde, pois já cá vieram parar vários quilos do dito (sem exagero)! Esta é uma das vantagens de viver no campo :)

Então, que fazer com tanto feijão verde? 

Entre sopa de feijão verde, salada fria e cozido, quase todos os dias o temos comido. Quando quero variar, faço esparregado de feijão verde. Peixinhos da horta confesso que nunca fiz, talvez por ser frito e eu evitar comer fritos.

Mas com tanto que temos, tem que se preparar algum para guardar e congelar. Tem sido o meu "hobby" destes dias. Cortar as pontinhas, tirar os fios (dos que tiverem) e cortar dos vários feitios para as diferentes receitas: sopa, salada fria ou cozido. Separar em sacos e congelar. 
Pode dar mais trabalho agora, mas depois pouparei tempo, na altura de o cozinhar.


As pontinhas e os fios do feijão verde, em vez de irem para o lixo, irão ser aproveitadas de várias maneiras. Normalmente, ou vão para as galinhas, ou para o caixote da compostagem. Estas foram para dentro de uma panela com água e sal, juntamente com as cascas de cenouras e de batata (bem lavadas) e uma cebola inteira. Depois de tudo cozido e coado o líquido, fiquei com um caldo de legumes, que fui usando nos cozinhados dos dias seguintes. 

E vocês, o que fazem com o feijão verde? Aceito sugestões de receitas diferentes :)

Boa quinta-feira!

sexta-feira, 3 de julho de 2015

"Dormir nú é ecológico" e como nasceu este meu blog

(Imagem da Internet)
 Não sei se já terei partilhado isto com vocês, mas foi após ter folheado este livro ("Dormir nú é ecológico" de Vanessa Farquharson) numa livraria, que me decidi realmente a criar o meu próprio blog. 

Na altura achei tão interessante que alguém se desse ao trabalho de escrever um livro sobre ecologia (tema que ainda hoje não é assim tão popular...), que acabou por me inspirar para eu começar o "Ecológica, quem? Eu?"

Acabei por não comprar o livro, mas a inspiração ficou.


A minha veia ecológica já nasceu comigo. Foi muito influenciada também pela minha infância e pelas férias passadas nas aldeias dos meus avós. Eles viveram numa época em que tudo se aproveitava, não havia lugar para o desperdício e como o médico estava longe, as ervas medicinais assumiam uma grande importância. Por isso, muito do meu (pequeno) conhecimento vem daí, das práticas tradicionais do "antigamente". De quando era praticada a agricultura de subsistência, por quase toda a gente por estes lados e que tinha que haver uma solução barata e acessível para tudo.

Nesses tempos, os legumes vinham da horta e os ovos das galinhas :) As distâncias eram percorridas a pé ou de bicicleta, quem a tinha. A roupa de cama e toalhas eram branqueadas nas "barrelas" de cinzas e as nódoas eram tiradas corando a roupa ao sol. Os objectos eram feitos para durar uma vida e não uma estação do ano. As meias eram remendadas e a roupa de criança passava por todos os irmãos e primos, até romper. 
A vida era difícil, mas e agora, também não é?

Dou por mim com nostalgia desses tempos, mesmo não os tendo verdadeiramente vivido.

E por isto tudo, mais o respeito pela Natureza, nossa casa e mãe, é que este meu espaço nasceu.

Bom fim de semana!