domingo, 28 de fevereiro de 2016

A Horta de Fevereiro (2016)

Mudámos oficialmente de horta, ou melhor, a localização da mesma. Depois de lutar com terreno argiloso e pobre (e com muitos "conselheiros" metediços) durante uns 3 anos, desistimos e fomos cavar, sachar, semear e plantar para outro lado. 

(o início - primeiro talhão de terra a ser trabalhado)
Esta nova horta situa-se num terreno dos meus pais, que estava sem uso, aproximadamente a 2 quilómetros da horta do quintal, que era onde cultivávamos antes. Este é o terreno onde se encontram as oliveiras que vão dando as azeitonas que curtimos. Não é muito longe e tem bastantes vantagens em relação à antiga: o terreno é maior, a terra é menos argilosa, mais escura e fértil (esteve em pousio entre 20/25 anos) e podemos fazer verdadeiramente o tipo de cultivo que queremos, sem ninguém a meter o nariz.

Apesar de termos já tido bastante trabalho físico, pois não temos tractor nem moto-enxada, e ainda irmos ter que dar mais "ao cabedal", não se compara a forma como já estamos a fazer a horta. 
 
(ervilhas de quebrar, salsa, coentros, alfaces, beterrabas, couves roxas...)
Decidimos ir fazendo vários talhões de terra, mais elevados, onde conseguimos mais eficazmente plantar, semear e regar as culturas. 
 
(a primeira plantação do novo terreno - cebolo)
Não fazemos regos, pois chegámos à conclusão que isso, para além de ser mais desgastante fisicamente, não acrescentava valor nenhum à cultura em si. Vamos preparando a terra previamente, para depois podermos espetar o que queremos, como por exemplo, o cebolo, o alho francês, as couves, as beterrabas...

(a maioria das couves)
Não se utilizou adubo nenhum, apenas o resultado da compostagem (que já estava como terra). Tivemos o trabalho de transportar esse composto natural do quintal para a nova horta, mas já começámos a acumular erva, que daqui a uns meses já estará pronta como composto para usar nas culturas de Outono.

(alho francês)
Semeámos também várias aromáticas, tais como salsa, hortelã-pimenta e coentros, pois agem como insecticidas naturais e afastam os vários "bichinhos" nefastos. Ainda para actuar como insecticidas naturais e como coadjuvantes de culturas, plantámos várias estacas de alecrim e semeámos cravos túnicos. Ao que parece, a "bichesa" que ataca as couves e outras culturas (tais como a lagarta das couves e o piolho) não gosta destes cheiros e afasta-se.
 
(uma fileira de estacas de alecrim)
Fazendo o resumo do que foi plantado e semeado até agora:
- Cebolo (262 pés);
- Alho Francês (37 pés) ;
- Vários tipos de Couves, incluindo Galega, Repolho, Portuguesa, Branca da Holanda, Coração, Flor, Bróculos, Roxa... (130 pés);
- Beterrabas (10 pés);
- Ervilhas de Quebrar;
- Salsa, Hortelã-Pimenta e Coentros;
- Alface Frisada (5 pés);
- Alface de alfobre, oferecida por um vizinho simpático (aprox. 30 pés);
- Alecrim e Cravos Túnicos.

(vista geral da horta, até à data)
Já está um belo pedaço de terreno tratado, mas ainda temos muito que fazer. Apesar das dores de costas e braços, o orgulho de se olhar para aquela terra e ver o resultado do nosso trabalho, a quatro mãos, sem ajuda de maquinaria pesada, é impagável. 

As próximas plantações e sementeiras vão incluir, entre outros, pimentos, tomates e manjericão,  courgetes, pepinos, feijão, grão, abóbora, melões e melancias, rúcula e mais flores. E para a semana, se o tempo o permitir, voltamos lá, para começar a preparar a terra para isto tudo!

Boa semana!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Caminhada no Piodão

Quem costuma passar por aqui já reparou que gosto de andar a passear pelas nossas Serras, apreciando a beleza da Natureza, conhecendo aldeias pitorescas e explorando o nosso tão rico território.

Muitas das vezes andamos sozinhos à descoberta, sempre à procura de novas oportunidades, novos encantos e da próxima boa fotografia. Mas explorar e conhecer essas serras, fazendo caminhadas com guia, é uma outra forma de conhecer esses locais. A exploração é feita de maneira diferente, tomando atenção a outras coisas, a outros pormenores e adquirindo conhecimentos e informações, que de outra forma possivelmente não teríamos.

Curso de água no percurso do Piodão
E desde que fiz esta caminhada guiada à Serra da Lousã, que fiquei com vontade de fazer mais caminhadas do género, explorando um pouco mais do Portugal Serrano. Foi uma experiência muito interessante, onde aprendi muitas coisas, tanto da Natureza (que partilhei com vocês aqui e aqui) como da História daqueles locais - dois temas que adoro - graças ao grande conhecimento da nossa guia.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Tratamento natural para Terçolhos



Definição de Terçolho: O terçolho é uma inflamação aguda, de origem infecciosa, de uma glândula sudorípara ou sebácea das pálpebras, que provoca um abcesso doloroso.(daqui)
Pode ser interno ou externo, conforme a glândula que estiver inflamada (sudorípara ou sebácea).

(Imagem retirada daqui)

Também chamado de hordéolo, terçol, terçogo, treçolho, viúva ou cortelho, já toda a gente teve, ou conhece alguém que teve, um terçolho. É uma infecção chata e enervante, que ainda no ano passado tive a infelicidade de ter. E resultou num terçolho bem grande! 

Dos tratamentos naturais que pesquisei, o mais simples e natural foi o que resultou comigo: compressas de água quente.

Como fazer: embeber uma compressa/pano pequeno limpo em água quente (o mais quente que se conseguir suportar na pele) e colocar sobre o olho, deixando estar até compressa/pano arrefecer. Repetir a operação algumas vezes ao dia. Não usar a mesma compressa ou pano, para evitar propagação de infecção.

O calor vai “abrir” o terçolho e fazer com que o conteúdo da infecção seja drenado, reduzindo gradualmente o abcesso, até passar.

Há umas semanas atrás comecei a sentir no olho esquerdo aquela comichãozinha chata, com um certo ardor, que normalmente prenuncia os terçolhos. Passei a tarde a controlar-me para não esfregar o olho. Assim que cheguei a casa, apliquei logo a compressa de água bem quente e antes de deitar também. De manhã acordei já sem o ardor e sem quaisquer sinais de inchaço ou abcesso :)

Para mais informações sobre este tipo de inflamações, vejam aqui. 

ATENÇÃO:
Caso o terçolho seja acompanhado de febre, corrimento, alterações de visão e/ou dor intensa, consultem um médico. Se o abcesso não passar em sete dias ou se voltar a aparecer num curto espaço de tempo, consultem também um médico. Nestes casos, pode ser necessário um tratamento medicamentoso e/ou uma pequena cirurgia, para drenar a infecção. E NUNCA espremer um terçolho, pois não é uma borbulha.